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1693Em 29 de março de 1693, era fundada oficialmente a Vila de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais, hoje Curitiba. Acredita-se que nessa época residisse na região o capitão-mor Matheus Martins Leme, um dos fundadores de Curitiba, pois segundo documentos, sua sesmaria ficava à margem esquerda do Rio Barigui, porção que hoje pertence ao Bigorrilho.



1856A grande área pouco habitada recebia novos moradores. No dia 10 de julho de 1856, José Francisco Carvalho pedia 50 braças de terreno em quadra para edificar chácara, unida a de José de Almeida Roiz, no lugar denominado "Bigorrilha", fazendo uma das primeiras citações oficiais ao bairro e demonstrando que a região já possuía moradores antes dessa data.
Da Europa, imigrantes chegavam ao Brasil, a Curitiba e ao Bigorrilho. Entre 1870 e 1880, famílias italianas e alemãs fixaram-se no bairro e mais tarde, perto de 1895, chegaram os ucranianos que se instalaram às margens da Estrada do Bigorrilho, na região do "Campo da Galícia" (região que ficava nas proximidades da Praça 29 de Março. Recebeu o nome devido a colonização de ucranianos provenientes da Galícia).



1915A região da atual Praça da Ucrânia já era ponto de encontro para os habitantes e vizinhos de um bairro onde ainda predominavam os imensos pinheirais, os campos, as chácaras e principalmente, a calma. A última novidade havia ocorrido em 1909 quando Lívio Moreira, no centro da cidade, e Flávio Luz, no Alto do Bigorrilho, na rua Augusto Stelfeld fizeram a 1a. transmissão radiofônica do Estado do Paraná. Pouco tempo depois, outra novidade foi a venda do Armazém de Ângelo Vercesi para Cândido Hartmann que viria a se tornar um dos moradores mais ilustres e queridos do bairro. Candinho, como era chamado, "vendia fiado" e até doava material para a construção das casas de novos moradores (o armazém localizava-se próximo da Praça da Ucrânia).



1926No dia 10 de março de 1926, a União Brasileira de Educação e Ensino (Irmãos Maristas) compravam da família Bonardi, no Alto Bigorrilho, a Chácara Cerjat onde, já no ano seguinte, entraria em funcionamento o Juvenato Marcelino Champagnat.
No mesmo ano, os irmãos Paciornik colocavam a venda os 940 lotes em que haviam transformado o Mato do Albino. Com o bom relacionamento e aumento da vizinhança surgiu a idéia da criação de um "clube" que a fizesse ainda mais unida. Nascia, em 1927, a Sociedade Cultural e Beneficiente 21 de Abril, erguida num terreno


doado por Cândido Hartmann, onde hoje está o Champagnat Shopping (os materiais de construção foram doados pelos moradores do bairro).
Mato do Albino - propriedade d senhor Albino Schmmelpfeng que, hoje, compreenderia a região da Praça da Ucrânia, seguindo pela Rua Cap. Souza Franco, Travessa Luiz Gama, Alameda Princesa Isabel, Otávio do Amaral, Augusto Stelfeld, Bruno Filgueiras, Saldanha Marinho, Lourival Torres, Bernardino Bormamm, Padre Agostinho até retornar à Praça da Ucrânia. Em 1927, foi vendida aos irmãos Paciornik.



1936O arrabalde crescia e vivia no ritmo lento das corraças que o cortavam rumo a Santa Felicidade.

Com o loteamento dos Irmãos Paciornik, vieram novos moradores e com eles, aos poucos, os lampiões de querosene eram substituídos pela luz elétrica. No extremo oeste do bairro, Faustino Maestrelli tirava água do poço. Do outro lado, na região central André Haag recebia da prefeitura a planta para construir nos fundos de sua casa uma latrina, já que na época ainda não existia rede de esgotos e cada um possuía a sua própria casinha. Os 940 loteamentos dos Irmãos Paciornik estavam todos vendidos e a boa convivência entre as famílias como Sanagalski, Rechetnek, Scharchut, Serdiuk, Kovalhuk, Demtchuk, Vechor, Haaadiak, Sleuka, Romanevitch, Haag, Felyk, Yasstchenski, Panas, Kohut, Slobodian, Domakoski, Paciornik, Chudzij, Schmanski, Schneider, e tantas outras traziam ao bairro a sensação de que eram todos uma só família. Na época, para que uma carta chegasse ao então longínquo Bigorrilho bastava que o remetente escrevesse o nome do destinatário.



1945Como a cidade era longe, os moradores se divertiam no próprio bairro, em piquiniques, festas ou torneios de futebol. Desses torneios participavam o União Bigorrilho, o Celeste, o Bangu, o Camponês, o União Barigüi, o Botafogo, o Operário Mercês, o Poty e o Pinheirão.

Os jogos eram realizados nos Campos do Poty (atual Praça 29 de Março), no campo do Pinheirão, no campo do Celeste (próximo ao atual Hospital Evangélico), do União Bigorrilho (hoje em frente à Igreja dos Passarinhos) ou no campo do Bangu (hoje Terminal do Campina do Siqueira). O progresso seguia lento. Em texto publicado no início dos anos 50, Evaristo Biscaia dizia que o Bigorrilho necessitava de diversos serviços públicos para conforto dos moradores, tais como pavimentação, luz, água e esgoto.

1950Félix Domakoski abre seu próprio açougue na esquina das ruas Francisco Rocha com Júlia da Costa.


Curitiba ainda era definida como uma província. Os primeiros
prédios começavam a surgir na região central e a região do
Bigorrilho mais uma vez dava uma demonstração de sua
personalidade de vanguarda.



1954Em 25 de junho de 1943, um grupo de religiosos curitibanos se reunia com o objetivo de criar uma sociedade que auxiliasse pessoas carentes. Nascia a Sociedade Evangélica Beneficiente. Os sonhos se tornavam realidade. Em 7 de setembro de 1959, era lançada a pedra fundamental do Hospital Evangélico; e oito anos depois, em 5 de setembro de 1959, era inaugurado e posto em funcionamento 1/3 do hospital, já na época um dos mais modernos do país.



19671967/ 1973 - Em 1967 era inaugurada a Praça da Ucrânia.. Em 20 de dezembro de 1969, o irmão Ruperto Félix, diante da Estátua de Marcelino Champagnat, entregava as chaves da casa aos compradores. Estava encerrada a história do Juvenato Champagnat. Iniciava-se a história do Jardim Champagnat, um loteamento imobiliário que mudaria as características da região. Em 1973, pelo decreto 73078 era criada a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Tuiuti que, anos depois viria a se tornar a Universidade Tuiuti do Paraná.



1983O bairro cresceu com explosão econômica e imobiliária. Num imenso corredor urbano que já estava próximo de alcançar o número de 100 prédios, despontava o Champagnat Center, empreendimento que daria espaço ao Champagnat Business, ao Champagnat Tower e ao Champagnat Shopping, inaugurado em 8 de outubro de 1992. Contando com seu heliporto, o Champagnat Center alcançava o tamanho equivalente a um prédio de 41 andares, ultrapassando o Mirante da Telepar, com 95 metros de altura. A imponência das construções do bairro alcançava um de seus mais altos cumes. O bairro crescia como criança na adolescência.

FENIANOS, Eduardo Emílio. Bigorrilho - Seu Apelido é Champagnat. Curitiba : UniverCidade, 1997. Coleção Bairros de Curitiba - V.11.

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